DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

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sexta-feira, 1 de julho de 2016

ESTUPRO COLETIVO Namorado participou de crime

Delegada diz que rapaz conhecia os outros suspeitos; ele nega qualquer envolvimento


Local. Crime foi cometido em uma casa abandonada
 onde a vítima estava com o namorado e outro casal
Juiz de Fora. Dois dos suspeitos de terem participado do estupro coletivo de uma menina de 13 anos em Juiz de Fora, na região da Zona da Mata, são os namorados da própria vítima e de uma amiga da garota, que esteve com ela no local. De acordo com a delegada Ângela Fellet, da Delegacia de Mulheres, as investigações apontam que os dois participaram do abuso e conheciam os demais suspeitos.
No entanto, conforme a policial, os dois negam ter convocado os colegas e afirmam que eles apareceram no local por acaso. Ao todo, dez pessoas teriam praticado o estupro, ocorrido no último fim de semana, sendo que oito foram identificados e quatro adolescentes já prestaram depoimento.

A vítima teria sido estuprada após seguir para um imóvel abandonado com a amiga e namorados. Já no local, eles teriam sido rendidos por um grupo de homens, que obrigou a menina a mater relações sexuais. “Entre os depoimentos colhidos, já ouvimos a amiga dela e os namorados. Eles, a princípio, também estavam no local do estupro e conheciam os suspeitos. Mas apenas a amiga foi liberada”, revelou a delegada. 
Ainda segundo Ângela, o suspeito insiste em dizer que “foi um acaso” o fato de ele, a namorada e o outro casal estarem no local mantendo relações sexuais e serem abordados.
Mudança. Moradora de uma área de risco em Juiz de Fora, a adolescente vítima do abuso e a mãe dela deixaram a casa onde residiam. A reportagem de O TEMPOesteve no local ontem e, conforme familiares das duas, elas teriam saído do Estado por medo de represálias. E não é difícil entender os motivos do medo. Basta chegar ao local para perceber o clima de tensão. Logo na entrada do bairro é possível ver uma pichação em um muro que diz: “X9 vai morrer”, em uma demonstração da regra do silêncio.
Assustada, uma irmã da adolescente, com um bebê no colo, disse saber pouco sobre o caso. “Ela foi a uma festa junina e demorou para voltar. Aí a encontraram no local. Depois, ficamos sabendo dos vídeos (feitos durante o estupro e publicados no Facebook)”, disse.
Os moradores pouco falam sobre o assunto, e a desconfiança era percebida nos olhares e na distância que eles faziam questão de manter. Traficantes chegaram a gritar para que moradores do local não conversassem com a equipe de O TEMPO. “Moro aqui há 31 anos e nunca soube de nada parecido (o estupro). O estrago foi feito, e acho que pouca coisa vai mudar”, comentou uma moradora.
Perícia
Provas. A policial aguarda a perícia que está sendo feita em um dos celulares dos envolvidos. A intenção é ver se o aparelho possui vídeos ou fotos que possam identificar envolvidos na agressão.

SAIBA MAIS

Apoio. Sandra Peron, conselheira tutelar que acompanha o caso, diz que
a família da jovem não aceitou a inclusão em um programa de proteção, mas que já estudava deixar a cidade.

Prisões. A delegada Ângela Fellet explica que está aguardando a identificação de todos os
dez suspeitos para, em seguida, pedir as prisões e apreensões. Dos oito identificados, sete são menores de idade. 

O Tempo

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