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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

IMPEACHMENT Petista agiu em seu ‘benefício’

Relator defende que decretos tentaram sustentar politicamente início do segundo mandato


Atuação. Aécio chegou a propor a continuidade da
reunião hoje, mas Renan trabalhou para
 convencer senadores a manter cronograma
Brasília.  Ao defender seu parecer pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) chamou a sessão de ontem de “histórica” e defendeu que a petista agiu em “claro benefício político-pessoal”.
“A presidente pretendeu dar continuidade a práticas manifestamente ilegais para sustentar politicamente o início de seu segundo mandato. Agiu, portanto, em claro benefício político-pessoal. Afinal, não seria palatável, em tão pouco tempo, reconhecer que muito do que fora dito até então não passava de um conto de fadas”, disse o tucano.

Ele criticou os defensores da petista por tentarem demonstrar, ao longo do julgamento, “golpe” dos senadores para afastar definitivamente Dilma do cargo. “Imaginar um conluio no âmbito desta Casa envolvendo os senadores vai às raias do desrespeito”, afirmou Anastasia.
Para o senador, o que está levando ao impeachment foram as mudanças sob qualquer ângulo do Orçamento sem autorização do Congresso. Anastasia afirmou que o raciocínio da defesa de Dilma mostra “profundo desprezo pelo Parlamento”.
O tucano afirmou ainda que, apesar das críticas e da posição contrária do Tribunal de Contas da União, as pedaladas fiscais foram mantidas em 2015: “As pedaladas foram reiteradas em 2015 e só amortizadas em dezembro daquele ano. O comportamento do Banco do Brasil é prova cabal da influência indevida da União, na qualidade de acionista controladora”.
Segundo o relator, a conduta das duas partes, União e bancos públicos, mostra de forma clara a intenção de praticar pedaladas fiscais.
Ironia. Um dos autores da acusação de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Júnior, foi irônico ao comentar a tentativa dos aliados da petista de querer suspender a sessão do Senado que vai analisar o relatório favorável ao seu afastamento definitivo por causa de denúncias envolvendo o interino Michel Temer na operação Lava Jato.
O jurista lembrou que as denúncias atingem em cheio o PT e a presidente afastada: “Seria muito que os seus partidários trouxessem para dentro do impeachment a Lava Jato. A participação da presidente como a madrinha dos diretores da Petrobras, ela conhecedora dos fatos. Que bom seria! Mas eles não quiseram isso”.
Para Reale, as provas contra Dilma são irrefutáveis. “Os elementos de prova são acachapantes contra a presidente Dilma. Os fatos estão comprovados e não são isolados. Houve uma ocultação deliberada, consciente das finanças públicas para levar a essa débacle (queda, falência) econômica. Estamos nessa situação calamitosa. Ou ficamos na escuridão ou nos abrimos para a luz”, disse.
Votação
Prazo. Até o fechamento desta edição, não havia terminado a votação sobre a continuidade do processo de impeachment de Dilma. A previsão é ela prosseguiria até a madrugada de hoje. 
O Tempo

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