Além de Gislene, outras duas pessoas foram condenadas pelo crime; vítima foi mantida em cativeiro, teve os cabelos raspados e os lábios cortados
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| Poliane foi sequestrada na porta de casa |
Gislene Cátia da Silva Ferreira, de 38 anos, foi condenada a 21 anos e sete meses de prisão pela morte de Poliane Santana de Castro em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O caso aconteceu em 2015 e chocou os moradores da cidade pela crueldade. Por ciúmes do ex-marido, com quem a vítima tinha iniciado um relacionamento, ela arrancou os olhos e raspou o cabelo da jovem. Outras duas pessoas foram condenadas pelo crime.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Gislene, conhecida pelo apelido de Gisa, Camila Fernanda Ramos, de 26, e Jefferson da Silva Santiago, de 25, foram condenados por sequestro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Conforme denúncia do Ministério Público (MP), Gisa, que também era a líder do tráfico do bairro Maracanã, na mesma cidade, resolveu matar Poliane após saber do relacionamento do ex-companheiro com a vítima. Com raiva, ela chamou os outros dois denunciados para ajudar a cometer o crime.
Ainda de acordo com a denúncia, o ato foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que ela foi obrigada a ingerir bebida alcoólica, reduzindo sua chance de defesa.
A defesa dos acusados alegou que não houve ocultação de cadáver, uma vez que o corpo foi abandonado em um lugar de fácil acesso. Os advogados dos criminosos argumentaram que a qualificação do homicídio por motivo torpe foi improcedente, uma vez que, segundo a jurisprudência, o ciúme não constitui torpeza.
Por mais de três votos, os jurados acolheram integralmente a acusação do MP condenando todos os indiciados pelos crimes. Camila Fernanda foi condenada a 22 anos e um mês de reclusão e Santiago por 25 anos e oito meses de prisão, por ser reincidente com condenação definitiva pelo crime de tráfico de drogas.
O crime
No dia 14 de julho de 2015, Poliane foi raptada na porta de sua casa, bairro Jardim Marrocos e encontrada morta três dias depois sem os olhos.
No terceiro dia de cativeiro, a jovem teve o cabelo raspado e foi morta com um tiro na nuca e outro nas costas. Após o assassinato, os suspeitos ainda cortaram os lábios da vítima.
Depois do crime, os suspeitos levaram o corpo de Poliane até a uma pedreira de Contagem, onde o corpo foi encontrado.
O Tempo
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