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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

PRIVILEGIÔMETRO Trabalhador demora 68 anos para ganhar o que vereador recebe em 4 anos

Aplicativo permite comparar rendimento do parlamentar de BH com outros salários


Com o objetivo de chamar atenção para o valor recebido pelos parlamentares no Brasil, aplicativo lançado nessa quarta-feira compara o salário de vereadores com o rendimento dos moradores de Belo Horizonte. Em comparação com o salário médio dos trabalhadores da capital mineira, o valor recebido mensalmente pelos vereadores é quase oito vezes maior. Além disso, os políticos ainda recebem verbas extras para cobrir gastos, como o “auxílio paletó” pago duas vezes ao longo do mandato, valor equivalente a um salário.

O Privilegiômetro, nome dado ao aplicativo, é criação do Muitas pela Cidade que Queremos, movimento social com 12 candidatos filiados ao PSOL. No site, o cidadão digita o valor do seu salário e é feita comparação com o valor recebido por um vereador da Câmara de Belo Horizonte.
“A ideia é deixar mais transparente a discrepância entre o salário do vereador e do trabalhador médio. É preciso deixar a pauta mais visível para que não seja naturalizado o problema”, afirma o integrante do movimento, Roberto Andrés. O aplicativo pode ser consultado no site www.somosmuitas.com.br/privilegiometro.
Para evidenciar a diferença entre os rendimentos de um trabalhador e de um vereador, o movimento fez alguns cálculos. Exemplo: o valor recebido durante um mandato é equivalente ao salário de um trabalhador médio de BH ao longo de 32 anos.
No caso de uma pessoa que recebe o salário mínimo (R$ 880), são 68 anos para receber o valor de quatro anos de salário do vereador. “É uma vida de trabalho para ganhar o que o vereador ganha”, diz Andrés, ressaltando que o aplicativo tem a função de servir para aumentar a pressão da população sobre a Câmara para reduzir os valores.
Os 12 candidatos do movimento registraram em cartório medidas que devem ser postas em prática, caso um deles seja eleito. Entre as ações previstas está a doação de até 70% do salário, percentual a ser dividido entre o partido e ONGs e movimentos sociais que atuem de forma transparente e em temas considerados de interesse coletivo. Outra proposta do candidatos é abrir mão de salários adicionais, como a verba paletó.
O Tempo

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