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domingo, 27 de novembro de 2016

LAVA JATO PF investiga empresa de Lulinha

Força-tarefa apura depósito de cerca de R$ 7 milhões nas contas da Gamecorp entre 2005 e 2016

Sítio de Atibaia. Lulinha tem como sócio na Gamecorp
 Fernando Bittar, que é investigado na Lava Jato
CURITIBA E SÃO PAULO. A Polícia Federal (PF) investiga, no âmbito da operação Lava Jato, pagamentos feitos pelo grupo Petrópolis, do empresário Walter Faria, à empresa Gamecorp, de Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula (PT).
Um laudo da PF, anexado ao inquérito que investiga pagamentos de empreiteiras à Lils, empresa de palestras do ex-presidente Lula, mostra que a Cervejaria Petrópolis depositou cerca de R$ 7 milhões nas contas da Gamecorp entre 2005 e 2016. A força-tarefa apura em que condições os pagamentos foram feitos à Gamecorp.

No período, a Gamecorp movimentou mais de R$ 300 milhões, de acordo com o laudo. Em outra linha de investigação, segundo investigadores da Lava Jato, há suspeita de que a Odebrecht possa ter utilizado o grupo Petrópolis para operações ilegais.
A força-tarefa desconfia que a cervejaria tenha atuado como intermediária de pagamentos de propina da empreiteira e como “doleira” do banco Meinl Bank Antígua, comprado pela Odebrecht para movimentar valores destinados a corromper políticos e agentes públicos. Faria nega irregularidades. Em 2005, o empresário chegou a ser preso pela Polícia Federal, acusado de sonegação fiscal.
Dono da cervejaria Itaipava, Faria se transformou em um frequente doador para políticos nas eleições de 2014, quando os repasses às empresas ainda eram permitidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na eleição presidencial, Faria distribuiu R$ 101 milhões para partidos e candidatos por meio das empresas do grupo. Em 2012 e 2010, as doações do grupo Petrópolis alcançaram R$ 5,1 milhões e R$ 1,6 milhão, respectivamente.
A campanha de Dilma Rousseff (PT) ficou com R$ 17,5 milhões, recordista de contribuições da empresa entre os candidatos. Uma das doações, de R$ 5,5 milhões, foi feita pelo empresário cinco dias depois de a cervejaria renegociar um empréstimo com o Banco do Nordeste, conforme revelou a revista “Época”.
Lulinha tem como sócio na Gamecorp Fernando Bittar, que já é investigado na Lava Jato por ser um dos proprietários do sítio de Atibaia, utilizado pelo ex-presidente Lula.
Em nota, a cervejaria informou que os pagamentos à Gamecorp têm lastro “em contratos cujos objetos foram a captação e edição de imagens para a TV Corporativa do Grupo Petrópolis, além de transmissão e veiculação da programação”.
Resposta
Atuação. A Gamecorp disse que já prestou às autoridades fiscais os esclarecimentos solicitados, “demonstrando a inexistência de qualquer irregularidade na sua atuação”.

DEPOIMENTOS

Delatores desconhecem ajuda a Lula

CURITIBA. Em mais um dia de depoimentos no processo movido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Ministério Público Federal, outros três delatores da Lava Jato afirmaram que não têm conhecimento das supostas vantagens indevidas que Lula teria recebido da OAS. Nessa sexta-feira (25), Sergio Moro tomou os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e dos lobistas Milton Pascowitch e Fernando Baiano.
Assim como nas demais audiências, a defesa de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia interrompeu os depoimentos por diversas vezes. Os advogados reclamavam, entre outras coisas, da postura do procurador do Ministério Público Federal e da condução dos trabalhos por Moro. As informações são do G1.
O Tempo

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