Militares apontam "desfecho imprevisível" caso Pimentel atrase salários

Rendimentos referentes a dezembro serão pagos somente no dia 13 de janeiro

Anúncio do governo foi feito durante o feriado de fim de anoDivulgação

R7

O anúncio do Governo de Minas de que os salários do mês de janeiro serão pagos com atraso gerou apreensão entre os servidores. No segundo dia de 2016, o Estado informou que os vencimentos referentes ao mês de dezembro de 2015 serão depositados somente no dia 13 de janeiro e não no quinto dia útil.

O Clube dos Oficiais da Polícia Militar, a Associação dos Praças e Bombeiros Militares, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiros Militares, entre outras organizações, consideraram o ato "total falta de transparência, respeito e consideração".

Os militares afirmam que o Governo "aproveitou o feriado prolongado de fim de ano" para anunciar o atraso no pagamento dos salários e que "atitudes como essa podem obrigar os sofridos funcionários públicos a reações com desfechos imprevisíveis que ninguém os deseja".

O sargento Alexandre Rodrigues, presidente da Ascobom (Associação dos Bombeiros Militares Estaduais) minimizou a situação. A categoria decidiu, em reunião, não paralisar os serviços ou fazer outro tipo de manifestação. A condição é que os atrasos não se repitam.

— Nós não vamos tomar atitudes que o cidadão venha a pagar. O que nos preocupa é o que vem em seguida, se acontecer atrasos com frequência ou mesmo parcelar, como tem acontecido em outros Estados. Por enquanto, não vamos cruzar os braços.

Em nota, as secretaria de Planejamento e Gestão e Fazenda informaram que o atraso se deve "às dificuldades financeiras ora enfrentadas pelo Estado de Minas Gerais, que registrou, sobretudo em 2015, forte redução da arrecadação de ICMS, tal como o restante dos Estados brasileiros". 

A administração estadual ressaltou ainda que segue realizando esforços para garantir o pagamento dos funcionários e busca "controlar as despesas, estimular a arrecadação de tributos e implementar mudanças administrativas, a fim de superar as atuais dificuldades financeiras".

Por fim, o Governo afirma que "conta com a compreensão de todos diante do grande desafio em curso, enfrentado por todo o país, para regularização das finanças estaduais".