DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

terça-feira, 31 de maio de 2016

EM SANTA LUZIA Menina denuncia avô por estupro e é abandonada pelos pais

Funcionária da escola em que a menina estuda desconfiou do comportamento dela e acionou a polícia


Abusada pelo avô e abandonada pelos pais, uma garota, de 13 anos, está agora sob a guarda do Conselho Tutelar de Santa Luzia, na região metropolitana da capital. Ela esteve na noite desta segunda-feira (30) na Delegacia de Plantão de Polícia Civil da cidade para denunciar o avô, de 65 anos, que teria abusado sexualmente dela pela segunda vez em menos de um mês.

Uma funcionária da escola em que a menina estuda, no bairro São Benedito, desconfiou do comportamento dela, e acionou a polícia. Na delegacia, a garota denunciou o estupro.

VIOLÊNCIA Assaltos a ônibus na capital aumentam 81,7% em um ano

Média nos quatro primeiros meses é de mais de sete crimes por dia; câmeras não inibem bandidos

Risco. Celular é um dos principais alvos dos
criminosos, segundo cobrador; ele conta
que muitas vezes o dinheiro da passagem
nem é levado
O celular é recém-comprado, mas o modelo é bem antigo. Após ser assaltada duas vezes em menos de um ano dentro de um ônibus, a diarista Tereza de Castro, 42, resolveu trocar o smartphone por um celular mais simples, sem internet, mesmo que isso significasse se afastar das redes sociais. E ela não é a única passageira que vem adotando medidas de segurança para enfrentar o aumento de 81,7% nos assaltos a coletivos que circulam por Belo Horizonte. Nos quatro primeiros meses deste ano, foram registrados 874 crimes, contra 481 durante o mesmo período de 2015. Uma média, em 2016, de mais de sete assaltos por dia. Os dados são da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
“Eu tinha gastado mais de R$ 3.000 com os outros celulares, e eles foram levados desse jeito. Agora gastei R$ 100 nesse aqui, que nem WhatsApp tem. Esse foi meu jeito de evitar perder mais dinheiro do que já perdi, pois está difícil. A insegurança está muito grande, e nem cochilar aqui dentro podemos mais”, reclamou Tereza.
Avenida Nossa Senhora do Carmo seria uma das áreas mais visadas
E ela não foi a única a adotar alternativas de segurança. Onze de 13 passageiros ouvidos por O TEMPO declararam não circular mais com objetos de valor dentro dos ônibus. “A gente não tem segurança nenhuma, em nenhum lugar. Ando com pouco dinheiro e tenho evitado circular à noite de ônibus. Sempre procuro acabar minhas coisas antes e sair mais cedo. É melhor”, explicou a doméstica Judite Soares, 48. 

OPERAÇÃO AEQUALIS Desvio de R$ 14 milhões motiva prisão de ex-secretário em MG

Ex-deputado Nárcio Rodrigues está entre os suspeitos de suposto esquema de desvio de verbas públicas em obras da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior entre 2012 e 2014

Nárcio estava à frente da Sectes na época do
 desvio apurado pelo Ministério Público
Pelo menos R$ 14 milhões foram desviados das obras de construção da ‘Cidade das Águas’ de Frutal, no Triângulo Mineiro um projeto tocado pela Fundação Hidroex, vinculada à de Secretaria de  Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). As investigações motivaram seis prisões de políticos e empresários na manhã desta segunda-feira em Minas Gerais, em ação da Operação Aequalis, comandada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Entre os suspeitos que tiveram prisão temporária decretada, está o ex-deputado e ex-secretário da Sectes Nárcio Rodrigues. Também foi preso um português que é diretor de multinacional que atua no Brasil. Foram realizadas quatro prisões em Belo Horizonte, uma em Uberaba e outra em São Paulo (SP).
Seis pessoas foram presas nesta
 segunda-feira pela Operação

Segundo o MP, a ação faz parte das investigações que analisam suposto esquema de desvio de recursos públicos realizados entre 2012 e 2014 no estado. Na época, o governador era Antônio Anastasia (PSDB). A verba desviada deveria ter sido aplicada na construção da instituição de pesquisa que envolve 15 universidades de Minas e 11 entidades e instituições, incluindo o Instituto Cousteau.
Além dos seis mandados de prisão, foram cumpridos 27 de busca e apreensão em Belo Horizonte, Frutal, Uberaba, Conselheiro Lafaiete e São João Del Rei e São Paulo (SP). Foram recolhidos documentos, computadores, celulares e mídias digitais que podem comprovar o envolvimento dos investigados.
Ministério Público e PF fazem operação e
prendem Nárcio Rodrigues (PSDB)

Foram presos Neif Chala, ex-servidor da Sectes, Alexandre Pereira Horta, engenheiro do Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais, Luciano Lourenço dos Reis,  funcionário da CWP Engenharia Ltda e Maurílio Reis Bretas,  sócio administrador da CWP. A operação prendeu também Hugo Alexandre Timóteo Murcho, que é diretor no Brasil da da multinacional portuguesa Yser e da empresa Biotev Biotecnologia Vegetal ltda. O grupo, incluindo Nárcio Rodrigues, foi conduzido à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana da capital. O português Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, presidente da Yser, já é considerado foragido da Justiça.

Os suspeitos são investigados por peculato, corrupção ativa e passiva, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.  A prisão do grupo e coleta de provas envolveu nove promotores de Justiça, com apoio de 37 servidores do MP, 140 policiais militares de Minas Gerais, 22 policiais militares de São Paulo, 15 policiais civis e oito auditores e gestores da Secretaria da Receita Estadual.

A operação ganhou o nome de "Aequalis", que significa "igualdade", em latim. O MP informou que, até o momento, não há indícios do envolvimento de autoridades com foro por prerrogativa de função. 

'É preciso inventar culpados'

A reportagem de O TEMPO conversou com Nárcio Rodrigues na entrada do Instituto Médico Legal. Lá, ele disse que não sabe o motivo de ter sido preso. "Estamos em uma crise política, né? É preciso inventar culpados para nivelar por baixo", afirmou.
baixo", afirmou.
O filho de Nárcio, Caio Rodrigues, é deputado federal e acompanhou a movimentação. O parlamentar participou da votação de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados.

Na ocasião, Caio fez a seguinte declaração de voto, favorável ao processo: "Por um Brasil onde meu pai e meu avô diziam que decência e honestidade não eram possibilidade, eram obrigação; por um Brasil onde os brasileiros tenham decência e honestidade", declarou.
Cidade Administrativa

Policiais envolvidos na operação cumpriram mandados de busca e apreensão naSecretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, na Cidade Administrativa. Ele recolheram provas em um escritório da empresa Hidroex.

Por meio de nota, no início da tarde, o governo de Minas Gerais alegou ter feito, em fevereiro, uma auditoria no projeto "Cidade das águas". Sem dar mais detalhes, a gestão estadual informou que todos os relatórios foram encaminhados para o Ministério Público de Minas Gerais.
Acompanhe a nota na Integra:
"A atual gestão iniciou, em fevereiro de 2015, trabalho de auditoria no projeto “Cidade das Águas”. Os procedimentos de auditoria abrangeram diversos Termos de Cooperação Técnica, convênios para transferência de recursos federais e outras parcerias, sendo todos firmados entre os anos de 2007 e 2014.

Os relatórios da auditoria foram encaminhados ao Ministério Público Estadual para as providências necessárias.

A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior de MG encontra-se à inteira disposição de todos os órgãos de fiscalização para eventuais esclarecimentos que sejam de sua competência legal".

Caso Hidroex
Conforme matéria publicada pelo jornal O TEMPO no dia 30 de abril, o Ministério Público de Minas Gerais havia instaurado inquérito civil para apurar irregularidades em obras públicas no município de Frutal, no Triângulo Mineiro, durante gestão do então governador Antonio Anastasia (PSDB), atualmente senador.
A investigação, confirmada pela repórter Luiza Muzzi, estava sob responsabilidade do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e seguia em sigilo.
Reportagem da “Folha de S.Paulo” na edição do dia 29 de abril mostrou que uma auditoria realizada pela Controladoria Geral de Minas apontou corrupção, desvios e mau uso de dinheiro público na construção do complexo “Cidade das Águas”, centro de pesquisa e gestão em recursos hídricos instalado na cidade.
A controladoria auditou amostra de R$ 37,7 milhões da obra, 16% dos R$ 230 milhões do projeto. Dessa parte, os danos aos cofres públicos chegaram a R$ 18 milhões, 48% do investigado. As irregularidades incluem pagamentos indevidos a empresas por serviços não prestados ou em desacordo ao contratado, superfaturamento, não entrega de equipamentos, armazenagem e controle inadequado e restrição à competitividade de licitações.
Clique aqui e veja a reportagem completa.

Ex-presidente do PSDB

Investigado pela Operação Aequalis, o ex-deputado e ex-secretário Nárcio Rodrigues também presidiu o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)  em Minas Gerais durante três mandatos (2004/2006, 2006/2007, 2009/2011).  O partido emitiu nota sobre o caso em que se posiciona a favor da punição dos culpados, caso os crimes sejam comprovados.

Leia íntegra da nota do PSDB-MG

O PSDB-MG não conhece detalhes sobre a operação Aequalis deflagrada nessa segunda-feira pelo Ministério Público de Minas Gerais.
O partido defende que, havendo indícios de irregularidades, elas sejam investigadas pelos órgãos competentes e, em havendo comprovação de crime, eles sejam punidos.
Em relação ao Instituto Hidroex, informamos que foi um projeto aprovado em 2007 pela Unesco, tendo as obras iniciadas em 2011. Em 2014, as obras foram paralisadas e retomadas em 2016.

Redação: Jornal o Tempo

Denúncia de estupro mobiliza polícia

Adolescente de 16 anos denunciou inicialmente que sofreu violência sexual, mas voltou atrás e disse que atos foram consensuais. Polícia investiga

Denúncias de estupro movimentaram
Delegacia Regional de Santa Luzia
(foto: Túlio Santos/D.A Press)
A Polícia Civil vai investigar uma ocorrência que inicialmente foi tratada como denúncia de estupro coletivo, tendo como vítima uma adolescente de 14 anos, em Santa Luzia, na Grande BH. A agressão sexual, porém, teria sido desmentida mais tarde pela própria vítima, que, segundo os policiais, admitiu ter mantido relações sexuais consensuais com seis homens, entre a noite domingo e madrugada de segunda-feira. 

Inicialmente, um homem foi detido em sua casa, no Bairro Esplanada, no fim da manhã, depois que a garota fez a denúncia de violência sexual. Porém, de acordo com o delegado Marcelo Mandel, do plantão da Delegacia Regional da cidade da região metropolitana, a menina disse que todas as relações foram consentidas e que a denúncia foi feita para justificar o fato de ela ter passado a noite fora de casa.

O suspeito J.P.L., de 21, foi ouvido e liberado, já que o delegado não considerou que houve situação de crime para autuá-lo em flagrante por agressão sexual. De acordo com Mandel, já que a garota não é menor de 14 anos, não estava sob efeito de drogas ou bebidas durante os atos sexuais e não apresenta problemas psíquicos, não havia elementos para o flagrante por crime de estupro.

Delegado Marcelo Mandel disse que a jovem
forjou a história de estupro coletivo
(foto: Túlio Santos/D.A Press)
O delegado regional de Santa Luzia, Christian Nunes de Andrade, acompanhou o trabalho de apuração do caso e disse que será aberto inquérito na Delegacia de Mulheres. Nele, entre outros, serão checadas as versões apresentadas e se há indícios de corrupção de menor. Segundo Andrade, representantes do Conselho Tutelar já faziam o acompanhamento da adolescente e o Ministério Público e a Justiça devem ser acionados no curso das apurações, para que a garota tenha acompanhamento adequado.

O delegado Mandel informou que, no depoimento, a menina contou que na noite do domingo saiu inicialmente com dois homens para ummotel. Depois, se encontrou com outros três e o grupo foi para casa de um deles. Lá, a menor disse ter mantido relações sexuais com os cinco. Na madrugada, no ponto de ônibus, encontrou J. e foi para casa dele, onde ficou até pela manhã.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

SEGURANÇA Aisp do Serra deixa de existir

Segundo a Seds, unidade policial no morro terá apenas PMs, sem a integração com a Polícia Civil

Rotina. Moradores dizem que local onde funcionava
Aisp muitas vezes está fechado e sem policiais
Inaugurada em janeiro de 2014 como solução para o combate ao tráfico de drogas no aglomerado da Serra e para uma maior interação das polícias com a comunidade, a Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) – que originalmente integra as polícias Militar e Civil – deixou de existir antes mesmo de ter um funcionamento regular no local. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) – que, em 2014, investiu quase R$ 1 milhão na reforma do prédio e na compra de mobiliário e de equipamentos – informou que o espaço será uma área exclusiva de atuação da Polícia Militar (PM).
Desde o mês passado, o Grupo Especializado em Policiamento de Área de Risco (Gepar) da 125ª Cia do 22º Batalhão da PM tem se instalado no local, que tem servido como ponto de apoio. A ocupação, no entanto, não se traduz em mais policiais fixos na unidade para atendimento à população.

SERRA Traficantes determinam rotina de quem vive em aglomerado

Quatro meses após ocupação da PM e prisões no morro, reportagem de O TEMPO foi ameaçada


Morro. Considerado o maior aglomerado de BH,
o Serra é dividido em oito áreas e possui uma
população de cerca de 50 mil pessoas
“É reportagem? Está filmando? Filma não, mas coloca aí: aqui quem manda é nóis”. Ainda adolescente e com a postura de uma autoridade, o jovem traficante de 15 anos dava o recado que até poderia parecer uma história infundada, mas não era. Quatro meses se passaram desde que a Polícia Militar ocupou o aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, após uma guerra entre as gangues que tomam conta do morro. E o ambiente que, de longe, aparentava tranquilidade – após prisões de traficantes e apreensões de armas e drogas –, se mostrou outro presencialmente.
Pichação com ameaça foi feita na
semana retrasada na Vila Marçola
Seja em pontos estratégicos ou em becos apertados, a presença de membros de diferentes facções do aglomerado é constante. Com rádios comunicadores, drogas e armas nas mãos, eles ditam as regras e comandam o local. E a “lei do tráfico” não vale apenas para estranhos que tentam ir ao morro, mas, principalmente, para os moradores. A reportagem de O TEMPO visitou a comunidade durante três dias da semana retrasada e, algumas vezes sob a ameaça de armas, pôde experimentar um pouco da rotina de quem vive no aglomerado.

Em um clima tenso, quem é de fora só não é incomodado se for ao local para comprar drogas ou se estiver na companhia de algum morador da comunidade. Tirando isso, não faltam desconfiança e questionamentos. “São da polícia? O que estão fazendo aqui? Procurando o quê?”, perguntou outro jovem traficante enquanto fazia gestos e balançava uma arma, no momento em que a reportagem tentava andar pela rua Bandonion. Rua, aliás, que, assim como a Flor de Maio e a Nossa Senhora de Fátima, possuem algumas regras específicas.

Homem fuzila ex-companheira em feira de artesanato na Grande BH

O casal foi visto discutindo na mostra que acontece aos domingos no Novo Riacho. A mulher foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro, que foi preso por policiais militares

Juliana não teve chances de se defender
 (foto: Facebook/Reprodução)
O assassinato de uma mulher na feira do Novo Riacho, na Praça Piau com Avenida Cantagalo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, causou pânico e revolta nas pessoas que estavam no local, na tarde deste domingo. Juliane Fortini, de 35 anos, foi fuzilada por seu ex-companheiro, Valdeir da Silva Machado, de 40, por volta das 14h45, depois de uma discussão. O homem não aceitava a separação do casal.

De acordo com as informações iniciais da Polícia Militar, testemunhas contaram que o casal iniciou um bate-boca em meio à feira de artesanato e comida. Valdeir se ausentou do local por um instante, foi em seu carro, um Gol, pegou sua arma, retornou e, na abordagem à sua ex-companheira, disparou cinco tiros. A mulher, mãe de duas crianças, morreu no local.

Houve um princípio de pânico, com pessoas correndo para se proteger, em meio ao tiroteio. Militares do 39º Batalhão que faziam patrulhamento na feira seguiram em direção ao atirador, que foi interceptado antes que entrasse em seu veículo.

Temer está consternado com estupro de adolescente e prepara medidas, afirma deputado

Rogério Rosso disse que ações do presidente serão voltadas para a defesa da mulher

Temer falou sobre a intenção de criar um departamento da Polícia Federal simular à delegacia da mulher para casos específicosDorivan Marinho/LatinContent/Getty Images
O presidente interino, Michel Temer, está "consternado" com o estupro coletivo sofrido por uma menor, de 16 anos, no Rio de Janeiro, e acompanha de perto o caso, juntamente com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
A afirmação foi dada pelo deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que se encontrou com Temer, no Jaburu, no início da tarde. Segundo o parlamentar, o presidente em exercício fez um comentário rápido sobre o assunto e reafirmou a intenção do governo de anunciar um conjunto de ações no início da próxima semana.
Rosso afirmou que Temer não entrou em detalhes sobre quais seriam essas medidas, mas que seriam ações voltadas para a defesa da mulher.

sábado, 28 de maio de 2016

'Falta detalhe jurídico' para prender suspeitos de estupro, diz Beltrame

Jovem que teria sido abusada por vários homens é submetida a exames.
'O vídeo é chocante, eu assisti', diz avó de adolescente de 16 anos.


Um suspeito de participar do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos em uma comunidade da Zona Oeste do Rio já foi identificado e terá a prisão pedida, segundo a Polícia Civil, informou o RJTV desta quinta-feira (26). Outros dois suspeitos de terem divulgado as imagens da jovem desacordada após o abuso também já foram identificados.
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio investiga o caso e disse que a  vítima já foi ouvida e que as investigações estão em andamento. O Delegado Alessandro Thies, responsável pelas investigações, pede ao cidadão que tenha qualquer informação que possa auxiliar na identificação dos autores que entre em contato através do endereço de e-mail: alessandrothiers@pcivil.rj.gov.br.
A jovem foi levada a um hospital na manhã desta quinta-feira (26) para fazer exames. Segundo a avó da adolescente, ela teria sofrido um apagão durante os abusos. “O vídeo é chocante, eu assisti. Ela está completamente desligada", diz a avó. "Ela tem umas coleguinhas lá, mas nessa hora nenhuma apareceu”, disse a avó da adolescente em entrevista à rádio CBN, após saber que a neta pode ter sido violentada por cerca de 30 homens. De acordo com a avó, a garota foi localizada por um agente comunitário e levada para casa.
De acordo com a avó da menina, ela costuma ir para comunidades desde os 13 anos e, às vezes, passa alguns dias sem dar notícias. Ainda segundo a avó, a garota é usuária de drogas há cerca de quatro anos. No entanto, segundo ela, nunca recebeu notícias de que a neta tenha sido vítima de outros abusos. A jovem é mãe de um menino de 3 anos.


Junto com as imagens postadas, vários comentários agressivos indicam o estupro e ainda brincam com a situação. Alguns autores das postagens deletaram os perfis na internet.



Também na internet, diversas pessoas ficaram indignadas com a divulgação do material de estupro nas redes sociais. Muitas pessoas se mobilizaram para denunciar os suspeitos.

MP apura
Uma pessoa foi ao Ministério Público do RJ e fez uma denúncia anônima à ouvidoria. Ela levou o vídeo e fez prints das redes sociais que relatam o ocorrido. Além disso, até o momento, cerca de 800 comunicações chegaram à ouvidoria.

Uma mulher é violentada a cada 11 minutos no Brasil

Ao todo, no Brasil, 47,6 mil mulheres
foram estupradas em 2014

O estupro coletivo que aconteceu no Rio nesta semana é "o caso mais grave já ocorrido no Brasil", afirmou Samira Bueno, cientista social e diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), organização não governamental (ONG) que formula análises e pesquisa as estatísticas sobre a violência no País.

A especialista lembra que, até então, o episódio mais chocante havia sido o das quatro meninas do Piauí. No caso carioca, disse Samira, além da quantidade de agressores, choca o fato de nenhum dos envolvidos ter tentado impedir a violência e "ainda terem postado o vídeo nas redes, se orgulhando do que fizeram".

"O que chama a atenção é a brutalidade em pensar que mais de 30 homens estupraram a adolescente e nenhum deles, em momento algum, tentou impedir", disse ela, que ressalta ainda o aspecto cultural da violência. "O estupro está vinculado à cultura machista e misógina, que entende que os homens têm direito de ferir a mulher."

As estatísticas das Secretarias de Segurança Pública de todo País, reunidas pelo FBSP, mostram que mulheres de diferentes classes e raças são violentadas, "embora as negras sejam as principais vítimas letais", segundo a cientista social. A vítima do estupro coletivo não é negra.

Abuso coletivo contra adolescente no Rio expõe ‘cultura do estupro’ no Brasil

Caso ganhou repercussão nas redes sociais após divulgação de imagens do crime

Imagens que tomaram conta das redes sociais
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro já sabe o paradeiro de quatro pessoas que estão sendo investigadas no caso de estupro coletivo de uma adolescente no último fim de semana, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade. O caso causou indignação após ser divulgado nas redes sociais e ganhou páginas e sites de publicações pelo mundo. Eventuais pedidos de prisão, no entanto, ainda não foram feitos à Justiça, porque, segundo os delegados, as investigações estão em fase inicial e não há elementos que justifiquem a medida.
Os crimes que estão sendo investigados são o estupro de vulnerável, já que a vítima é menor de idade, e a divulgação na internet de material pornográfico envolvendo menores. “Como pai, como marido, também penso ‘por que esse sujeito ainda não está preso?’. Mas, do ponto de vista técnico, temos que dar seguimento às investigações”, disse o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.
O caso veio à tona depois que imagens do crime foram gravadas e compartilhadas nas redes sociais. Nas imagens, a adolescente aparece nua, desacordada e machucada. O vídeo também exibe um homem que admite: “Uns 30 caras passaram por ela”. A presidente da Comissão OAB Mulher da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil, Daniela Gusmão, classificou o crime como um ato de barbárie.

APÓS ROUBO DE CARRO Militares ficam feridos durante perseguição no Anel Rodoviário

Os policiais perseguiam um suspeito em um carro roubado quando o criminoso bateu em outros veículos, os militares também se acidentaram com as motos , porém, mesmo feridos, conseguiram prender os suspeitos.


Dois policiais militares ficaram feridos na tarde desta sexta-feira (27) depois de sofrerem um acidente durante uma perseguição a um criminoso no Anel Rodoviário na altura do KM 5, em  Belo Horizonte. Os militares foram socorridos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e para o Hospital Odilon Behrens. O suspeito foi preso. 
De acordo com as primeiras informações da polícia militar, um cabo e um soldado estavam em duas moto patrulhas na rua  Pedro Vicente, no bairro Universitário, na região da Pampulha quando perceberam um suspeito conduzindo um veículo em atitude estranha. Os policiais foram informados que o veículo era roubado e deram início a perseguição.
Quando percebeu que os policiais estavam atrás dele o criminoso iniciou a fuga em alta velocidade e entrou no Anel Rodoviário no sentido Vitória. O condutor bateu em outros veículos e chegou a disparar contra os militares, por sorte ninguém foi atingido.
Os militares chegaram a cair das motos e ficaram feridos, mesmo assim eles conseguiram alcançar o suspeito, que foi preso. O cabo foi socorrido para o Hospital Odilon Behrens com um corte profundo abaixo do olho, escoriações e suspeita de fratura na costela. Já o soldado foi resgatado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXII com suspeita de fraturas na perna e na mão. Os militares são do 16º Batalhão.
O trânsito está lento no sentido Vitória. Ainda não há informações de para onde o suspeito foi levado. Também não há informações se houve vítimas nos outros veículos atingidos. 
Redação: Jornal o Tempo

PPP Minas pode privatizar estradas, educação, saúde e segurança

Decreto autorizou estudos de viabilidade e projetos para construção e manutenção de unidades estaduais

MG–050. Rodovia foi a primeira a ser licitada
por meio de Parceria Pública-Privada (PPP)
em Minas Gerais, há pouco mais de seis anos
Delegacias regionais, estradas, escolas e hospitais estaduais serão entregues à iniciativa privada. O Plano Estadual de Parcerias Público-Privadas (PPPs), aprovado nesta semana pelo governo de Minas, prevê a privatização nos setores de saúde, educação, transporte e segurança. Publicado anteontem no Diário Oficial “Minas Gerais”, o Decreto 47.002 autoriza a realização de estudos de viabilidade e projetos para futuros editais e contratos, no período de maio de 2016 a maio de 2017.

Conforme o plano, as concessões são voltadas para implantação, construção ou reforma, manutenção e operação das unidades. O texto ressalta, porém, a exclusão das atividades essenciais, como de polícia judiciária e pedagógicas, das parcerias. Especialistas defendem as PPPs, mas destacam que elas não podem ser vistas como solução para a crise financeira. “A parceria é boa, vai ajudar a melhorar essas áreas. Errado é apresentá-la como solução mágica, porque isso é insuficiente, é necessário reduzir os juros”, pontuou Amir Kahir, especialista em contas pública.

SAGRADA FAMÍLIA Bairro é tomado por violência

Assaltos e arrombamentos ocorrem em todos os horários do dia e mudam rotina da população


Insegurança. Bandidos tentaram entrar na casa do
assistente social Sérgio Paulino há dois meses;
ele resolveu investir em segurança
O bairro Sagrada Família, na região Leste de Belo Horizonte, tem enfrentado uma onda de violência nos últimos seis meses. Até então considerada segura, a área tem sido alvo frequente de assaltos, arrombamentos e furtos, que amedrontam e alteram a rotina da população. Diante do problema, moradores afirmam que a Polícia Militar (PM) prometeu instalar, até junho, um ponto fixo onde será possível fazer, com mais agilidade, o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), também conhecido como “boletim de ocorrência”.

A reportagem esteve no bairro e encontrou diversos relatos de crimes no primeiro semestre deste ano. Segundo os moradores, os principais locais de assaltos são as ruas São Roque, Cabrobó, São Mateus, São Joaquim, São Luiz, Maria Martins, Santo Agostinho, Conselheiro Lafaiete e Petrolina. Os assaltantes seriam pessoas de outras regiões, mas que conhecem a rotina do bairro. Isso porque as invasões a casas e prédios ocorrem nas horas em que os proprietários estão ausentes ou no período da madrugada. Na última semana, pelo menos um edifício e duas casas foram arrombados.

Rua São Luiz, no Sagrada Família,
é ponto recorrente de assaltos
Susto. Morador de um prédio na rua São Luiz, Pedro Rocha Fiuza, 62, conta que os assaltantes entraram no imóvel durante a madrugada. Após conseguir passar por duas portas e entrar na garagem, eles levaram quatro rodas de um Siena que estava estacionado. “Eles ainda tentaram levar outras rodas, mas não conseguiram. Agora, os moradores ficam com medo, a gente não via isso acontecendo por aqui”, relata Fiuza.

Um vizinho, que saiu cedo para trabalhar, percebeu o crime. A polícia foi chamada, mas nenhum dos suspeitos foi achado. Como resultado, o prédio passou a adotar novas medidas de segurança, como a troca de todas as fechaduras a instalação de câmeras. A administração do condomínio arcou com as despesas de R$ 3.800.