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quinta-feira, 26 de maio de 2016

ALMG Oposição anuncia obstrução na reforma do Estado

Para deputados, Pimentel não tem autoridade moral; líder do governo diz que críticas são contraditórias


Deputado Gustavo Corrêa (DEM) diz
que proposta não gerará economia
Os deputados de oposição ao governador Fernando Pimentel (PT) anunciaram ontem que, após analisarem os projetos que compõem a reforma administrativa do governo enviada à Assembleia, irão obstruir toda a discussão dos textos. Segundo o líder do bloco Verdade e Coerência, Gustavo Corrêa (DEM), o petista não tem “autoridade moral” para propor mudanças. Ele se referia à operação Acrônimo, que investiga Pimentel.

“O governador, que neste momento, corre o risco de ser afastado nos próximos dias, não tem legitimidade, muito menos autoridade moral, para propor qualquer tipo de ação que vise mudar a vida dos mineiros”, disse.

Segundo Corrêa, a oposição vai utilizar mecanismos regimentais, como requerimentos, encaminhamentos de votação, emendas e discussão de projetos, para atrasar a votação da reforma. A decisão foi comunicada ao presidente da Casa, Adalclever Lopes (PMDB).
Segundo ele, as mudanças sugeridas não gerarão economia. O deputado contestou o projeto que prevê a extinção de 67 mil cargos no Estado, enquanto o governo diz que esses postos já estão vagos e que não fará demissões. A oposição disse que aproximadamente 36,5 mil cantineiras e faxineiras designadas na educação serão demitidas. “Nenhuma escola tem condição de funcionar se aprovar essa reforma”, disse.

O líder do governo na Assembleia, Durval Ângelo (PT), rebateu as críticas. “A oposição está no seu papel de criar factoides, mas não tem voto para obstruir nem para criar CPI. Como pode falar em ética e moral se estamos corrigindo aberrações de 16 anos de governos tucanos?”, disse Durval.

Para o petista, a oposição traz argumentos contraditórios. “O governo já fez redução de R$ 2 bilhões de gastos com o contingenciamento anunciado em fevereiro. Se esses cargos estivessem ocupados, já geraria economia”, disse o líder petista. 

CPI. Paralelamente ao anúncio de obstrução, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) começou a recolher, ontem assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o governador com base na operação Acrônimo. São necessárias 26 assinaturas, e ele garantiu já ter 13. A oposição tem 21 integrantes, mas conta com o apoio fiel de 17.

Segundo o deputado, os encontros com os empresários do setor automobilístico têm que ser apurados. “Tivemos acesso a mensagens do celular do próprio governador para os representantes da Caoa, marcando um encontro no hangar do governo”, disse. “Temos improbidade administrativa, tráfico de influência, uso de aviões do governo, de servidores para prática de crimes”, concluiu Rodrigues. 

Redação: Jornal O Tempo

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