DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

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domingo, 20 de dezembro de 2015

Almoço de confraternização dos militares da revolução de 1997: "O DIA EM QUE A POLÍCIA PAROU"

Sgt Paulo Jacinto, Rotariano doente
Aconteceu hoje dia 20 de dezembro de 2015 (domingo) de 10:00 às 16:00 horas. Mais um encontro de militares que revolucionaram não só Minas Gerais, mas todo o Brasil, ao participarem do movimento reivindicatório acontecido em 1997. A tropa reivindicava um aumento salarial e o governador da época Eduardo Azeredo havia dado um aumento apenas para os oficiais e ao perguntar a um oficial superior como ficaria os praças, como resposta teve, "quanto aos praças os comandantes de balhões segura". Dito isso houve uma verdadeira revolta iniciando-se pelo glorioso Batalhão de Choque e a partir dai para os demais batalhões da capital e interior. A tropa saiu marchando pelas ruas da capitar se reunindo de inicio no Centro Social dos Cabos e Soldados da PM e BM, logo após sobre o Cmdo de alguns lideres caminharam rumo a Praça da Liberdade tendo no meio do caminho aderido a caminhada, Agentes Penitenciários e Policiais Civis, chegando a Praça da Liberdade com aproximadamente 10 mil policiais. Na Praça da Liberdade começou uma baderna iniciada pela Tropa da Situação, formado por oficiais superiores, subalternos e alunos a oficiais. Com tiros dados pela tropa da situação e respondidos pelos policiais revoltosos, um dos disparos acertou a cabeça do grande Cabo Valério que foi levado para o Pronto Socorro João XXIII, morrendo segundo a diretoria do hospital três dias após. Após o Cabo Valério ser baleado, o governador concedeu o aumento que esperávamos, após acordo firmado com a liderança.
Passado esse aumento, foi feito os devidos procedimentos administrativos dentro da PMMG e CBMMG e os cmdos para aparecerem para opinião pública, dentre os mais de 10 mil homens que participaram do movimento, excluíram 187 militares PMs e BMs, desses quais eu sou um deles. Em junho de 1998 veio a chamada anistia que o então governador Itamar Franco nos concedeu e nos incorporou ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, alias não foi uma anistia e sim uma 1/2 anistia, tendo em vista que nunca mais pudemos retornar a nossa corporação de origem.
Um dos participantes do movimento de 1997 Sagt Paulo Jacinto resolveu então todos os anos fazer um almoço de confraternização todos os meses de dezembro, tendo como atores os sobreviventes participantes do movimento, digo sobreviventes, porque alguns faleceram. Hoje como não foi diferente, Sargento Jacinto promoveu mais um encontro e assim não deixar que a chama dos amigos anistiados se apague. 

Autor: Anistiado Cabo Fernando

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