DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

IMPEACHMENT Atos contra Dilma mobilizam pelo menos cem municípios

Em Belo Horizonte, segundo a PM, praça da Liberdade foi ocupada por 5.000 manifestantes


Anti-Dilma. Pela quarta vez do ano contrários ao
governo Dilma se reuniram para pedir o afastamento
da presidente; na praça da Liberdade discursos
eram de luta por um país sem corrupção no futuro
O Tempo
Milhares de brasileiros foram às ruas neste domingo pela quarta vez no ano para exigir a destituição da presidente Dilma Rousseff, mas sem conseguir reunir um apoio maciço que causasse preocupação ao governo. Os atos deste domingo contra a presidente foram os primeiros organizados após a aceitação do processo de impeachment no Congresso. Dilma é acusada de maquiar as contas públicas. Os protestos mobilizaram ao menos cem cidades no país e, a exemplo dos anteriores, houve divergências de números entre a Polícia Militar e os organizadores. Levantamento do site G1 aponta, segundo a organização, pelos menos 400 mil pessoas, enquanto a PM fala em público de 83 mil manifestantes.
Em Belo Horizonte, o cálculo da PM é de 5.000 pessoas reunidas na praça da Liberdade, na região Centro-Sul da cidade. Um carro de som com bandeiras dos grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre comandou o protesto. “Nós conseguimos o acolhimento do pedido de impeachment. Esse é um dia de comemoração. Agora, todas as vezes que for necessário iremos às ruas”, discursou Ivan Gunter, um dos líderes do protesto. Um grande boneco do Pixuleco, que tem a imagem do ex-presidente Lula com roupa de presidiário, foi usado.

A manifestação reuniu várias gerações contra a presidente. O estudante de direito Matheus Cheib, 20, estava acompanhado da família. “Viemos para, em primeiro lugar, comemorar a abertura do processo de impeachment. Depois para mostrar para a oposição que o povo continua cobrando por representatividade. E, em terceiro lugar, para mostrar que o Brasil não tem um pensamento único”, argumentou.

Já a mãe de Matheus, Kênia Cheib, 47, disse que luta para mudar o contexto para as gerações mais novas. “Queremos um futuro melhor para nossos filhos, viemos porque queremos um país livre de corrupção e esperamos que nossos representantes sejam aqueles que exerçam a vontade do povo”, afirmou.

O desejo de transformar o país para os jovens também foi o que motivou o técnico em mecânica Geraldo Ferreira Carlos, 57, que viajou de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, para o protesto na capital. “Eu venho, não é pelos meus filhos, porque não tenho filhos. Nem por uma condição melhor, porque já consegui conquistar. Estou lutando para os jovens que estão chegando aí”, conta.

Com os dizeres “Lula na Papuda”, um boneco de seis metros ficou instalado no meio da praça. Marcela Valente, líder da União dos Movimentos Mineiros, que incorpora os diversos grupos contra o governo, contou que a peça foi um presente de um grupo de estudantes e jovens empresários e, por isso, ela não soube informar o valor.

O “Lula mal”, boneco que, segundo os organizadores, tem 12 m e que custou R$ 14.000, também foi uma das atrações do protesto. Os pequenos “Pixulecos” infláveis foram um sucesso. Vendidos a R$ 30, cada, tiveram o estoque dos ambulantes esgotado rapidamente. 

Hostilizada, ativista é retirada de protesto sob escolta policial

Nem toda a manifestação deste domingo na praça da Liberdade foi pacífica. Usando uma camiseta com os dizeres “Xô, golpe”, uma mulher que não teve o nome divulgado tentou defender o governo, mas logo começou a ser hostilizada por pessoas pró-impeachment.

Rapidamente, a situação ficou tensa. Enquanto a PM escoltava a manifestante, diversos manifestantes tentavam agredi-la. A mulher continuou sorrindo e foi retirada da praça em uma viatura da polícia.

“É a mesma coisa de um torcedor do Galo ir a uma comemoração do Cruzeiro. Só pode estar querendo arrumar confusão”, opinou a professora Nice Cambraia, 53, que estava no meio do tumulto. Ela, que participou de todas as manifestações contra o governo, declarou o que a leva às ruas. “Vim pôr para fora essa raiva que estamos dessa roubalheira, canalhice e corrupção no país”. 

Pela saúde


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