DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

segunda-feira, 13 de junho de 2016

MOBILIZAÇÃO Moradores do Santa Tereza fazem passeata contra a violência

Abaixo-assinado foi entregue ao 16º batalhão da PMMG; no último domingo (5), um homem de 34 anos foi morto a tiros na praça Duque de Caxias


Cerca de 50 moradores do bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, realizaram, na manhã deste domingo (12), uma passeata pedindo por um policiamento mais preventivo à criminalidade na região. A manifestação foi organizada por um grupo de amigos, moradores do bairro, pelo WhatsApp.
Com cartazes e faixas, os moradores caminharam em direção ao 16º Batalhão da Polícia Militar, na praça Duque de Caxias, onde um jovem foi morto a tiros no último domingo (5).
"Nós estamos buscando segurança, clamando pela legitimidade das leis. O quartel está aqui no bairro, mas o trabalho deles está deficitário. Tiraram das ruas a cavalaria, os policiais que andavam de bicicleta. Precisamos de uma polícia que previna o crime para evitar que ele aconteça" disse o professor Iano Rodrigo Filpi, de 40 anos.
"Temos uma preocupação enorme com os nossos filhos que saem, mas não sabemos se irão voltar diante dessa violência. Durante a semana, todo dia tem um assalto, um roubo, uma abordagem às mulheres do bairro", declarou o também professor Wladir Georgini Junior, de 44 anos.
"Gostaríamos de ter também policiamento nos pontos periféricos do bairro que são mais escuros e isso gera muita insegurança", completou o músico  Daylon Gomide, 41.

Abaixo-assinado 
Antes de entregarem as assinaturas que recolheram em um abaixo assinado, eles rezaram em frente à sede da corporação clamando por paz. No documento, os moradores pediam reforço no policiamento em alguns pontos do bairro como na praça Duque de Caxias, na rua Quimberlita, nas estações do metrô e na Parada do Cardoso.
Entre as pessoas que pediam por mais segurança estava o pai de João Vitor, 34 anos, morto no último domingo. 
"Hoje não há segurança para ninguém. Até policial militar é tomado de assalto. As pessoas estão matando as outras por coisas banais. O bandido compra uma arma na praça 7 e o cidadão torna-se refém dessa realidade, sem ter como se defender. O que me mata por dentro é não ter as respostas. Queria saber porque fizeram isso com ele.  Não sei de onde tiro forças para continuar. Acredito que meu filho está ao meu lado, me ajudando. Nem na morte da minha mãe eu sofri tanto. Dói muito", disse emocionado o aposentado João Eustáquio de Abreu, de 68 anos. Dois suspeits de envolvimento na morte foram presos.
O major Ronaldo Moreira dos Santos, comandante da 20° Cia do 16º Batalhão, recebeu o abaixo assinado.
Redação: Jornal O Tempo

Nenhum comentário:

Postar um comentário