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terça-feira, 10 de maio de 2016

Presidente interino da Câmara revoga anulação das sessões do impeachment de Dilma Rousseff

Waldir Maranhão durante sessão na Câmara dos DeputadosDivulgação
R7
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), revogou decisão tomada por ele na manhã desta segunda-feira (9), na qual anulou a sessão em que a Casa aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na decisão, o parlamentar não explica os motivos que o levaram a revogar o próprio ato.
A revogação, confirmada pela assessoria de imprensa da Câmara e do deputado, foi assinada na madrugada desta terça-feira (10) e divulgada para jornalistas por mensagem de celular. Na peça, há ainda um ofício em que Maranhão comunica o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O deputado chegou a defender o seu ato nesta segunda-feira. Em discurso de menos de três minutos, o presidente interino disse que sua decisão de anular a sessão teve como bases a Constituição Federal e o Regimento Interno da Câmara: "Para que nós possamos corrigir em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro".

A anulação de Maranhão, contudo, não foi aceita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que a classificou como "extemporânea". Mesmo com a recusa, líderes partidários na Câmara já articulavam votar um recurso no plenário da Casa, nesta terça-feira, para derrubar a decisão do presidente interino de anular a sessão. Assim, evitariam a judicialização do processo.
Por conta de sua decisão pela anulação do impeachment, Maranhão também teve pedido de expulsão do PP apresentado por integrantes do partido. Até a noite desta segunda-feira, a previsão era de que a Executiva Nacional da legenda aprovasse a suspensão temporária do deputado da sigla, até que o processo de expulsão definitiva seja analisado pela comissão de ética da agremiação.
Senado
Mesmo antes de Maranhão recuar em relação à anulação do impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já havia confirmado que a sessão para votar o afastamento da presidente Dilma Rousseff seria mantida para quarta-feira (11), a partir das 9h.
Renan anunciou que a partir das 15h abrirá o livro para que os senadores se inscrevam. Então, eles vão falar a favor ou contra a instauração do processo contra a petista por crime de responsabilidade.
"A expectativa é que tenhamos pelo menos a participação de 60 oradores", disse o presidente do Senado, estimando que a sessão pode durar até 10 horas. Ele e aliados querem concluir a votação ainda na quarta-feira.
A defesa de Dilma e o relator da admissibilidade na Comissão Especial do Impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), também terão direito a se manifestar.

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