DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

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sexta-feira, 22 de abril de 2016

XV FÓRUM EMPRESARIAL Anastasia vira superstar do impeachment em congresso empresarial

Ex-governador preferiu não falar como o relator, mesmo depois de um acordo feito entre o PMDB e o PSDB para que ele seja o indicado


Fórum Empresarial Rose RochaFotos - Fórum Empresarial
O Tempo
Foz do Iguaçu. “Senador Anastasia, o Brasil está nas suas mãos˜. Foi com essa frase que o presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o empresário João Doria, deu as boas vindas aos convidados - lideranças empresariais e políticas -  do décimo quinto Fórum Empresarial que acontece até domingo,, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Com elogios à administração de Antonio Anastasia (PSDB) quando governador de Minas Gerais, Doria disse que “o destino quis que ele (Anastasia) fosse o relator do processo de impeachment da presidente Dilma no Senado Federal”. Doria afirmou que Anastasia vai produzir um relatório histórico na vida política brasileira.

Bem menos verborrágico, Anastasia preferiu não falar como o relator, mesmo depois de um acordo feito entre o PMDB e o PSDB para que ele seja o indicado a relatar os trabalhos do impeachment no colegiado. "Anastasia não deve falar ainda como relator porque ele não produziu o relatório. Ele tem mesmo que ter esse cuidado para no momento oportuno apresentar o relatório, ele está certo de não antecipar sua posição”, disse Doria, que também é candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB.

Fórum Empresarial Rose RochaFotos - Fórum Empresarial
Durante o almoço, Doria pediu uma salva de palmas aos participantes direcionada aos senadores presentes e, em especial, a Anastasia a quem ele se referiu como uma das mais brilhantes admi
nistrações à frente do governo de Minas Gerais. “Quem sabe até 20 de maio (acontece a votação).  O  Brasil não aguenta mais viver com tanta tristeza, é hora de passar o Brasil a limpo”, bradou Doria.

Também recebeu uma salva de palmas o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), que ficou conhecido como o deputado do sim de número 342 na votação do impeachment na Câmara. Ele foi ovacionado no voo de ida para Foz do Iguaçu ao ser aclamado pelo presidente da Agaxtur, gigante de agências de turismo no país, Aldo Leone Filho. "O deputado sortudo está no voo”, brincou Leone Filho.

Sem Renan. O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a semana que vem é muito importante dada a instalação da Comissão Especial do Impeachment no Senado na segunda-feira. "A partir daí, o ritmo não é mais o do Renan (Calheiros, presidente do Senado) o ritmo é da comissão. Então vamos ter no presidente e no relator a velocidade necessária para esclarecer as coisas e botar para votar. O presidente é o senado Raimundo Lira e o relator indicado é o senador Anastasia. Acho que ele (Anastasia) aceitou”, disse Jucá. 
Sobre a data de votação do impeachment, Jucá não quis cravar um dia certo. "Não dá para saber ainda”, desconversou.
Sobre o comportamento do vice-presidente Michel Temer estar olhando possíveis nomes de ministros, Jucá negou que haja essa transição. "Ele (Temer) está avaliando, conversando com muita gente, está debatendo ideias, ouvindo posicionamentos para ir formando uma posição interior, mas ele não tem explicitado nada. Exatamente porque seria prematuro colocar qualquer coisa, qualquer passo além só pode ser dado se o Senado confirmar que ele vai ser presidente”, afirmou Jucá.
Negando qualquer avanço de sinal do vice-presidente, Jucá se referiu a Temer como o comandante da nação. "O presidente Michel está muito tranquilo, muito consciente do papel dele e não vai avançar sinal em momento nenhum. Vai fazer cada coisa a seu tempo e a sua hora. O processo está avançando bem”, disse Jucá.
Mas, durante o evento, empresários já apontavam nomes, dentre eles, o de ministro do turismo. Para a pasta, é apontado como certo o nome do mineiro  Alecsandro Teixeira que já foi secretário municipal de Fernando Pimentel quando ele esteve à frente da prefeitura de Belo Horizonte. Alecsandro também já teve passagem pela Apex, órgão do governo federal responsável pela atração de negócios e fomento do setor industrial em geral. 
Golpe. O presidente nacional do PMDB também condenou a possibilidade da presidente Dilma usar viagem a Nova York para apontar o processo de impeachment como golpe. " Primeiro ir lá para fora falar que é golpe é uma irresponsabilidade. Fazer o embate político internamente no país é até natural porque cada um tem que se defender. Agora, usar o país e a imagem externa do país como tentativa de vitimização e até agressão à constitucionalidade e ao equilíbrio constitucional do país é um erro, é um equívoco. Mas o governo é um governo equivocado, então, não pode se esperar muito. A gente tem que ter traquilidade, tem que debater e conversar e avançar no espaço que a legislação permite”, defendeu.

Sobre o placar do impeachment no Senado e levantamentos diversos que tem sido feitos pela imprensa, Jucá informou que o número já subiu para  50 senadores a favor do impedimento de Dilma."Dilma perdeu a capacidade de governar faz tempo e agora está se constando isso”, sentenciou. 

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