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sexta-feira, 29 de abril de 2016

'Prova do dolo é que o governo escondeu a manobra fiscal', diz Janaína Paschoal

Discurso da advogada se arrastou por quase uma hora até que ela chegasse aos detalhes da denúncia acolhida para afastar a presidente Dilma Rousseff

 Estado de Minas
Convidada para falar na Comissão Especial do Impeachment nesta quinta-feira, 28, a advogada Janaína Paschoal, que é uma das autoras do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff, disse que o governo sabia que as pedaladas fiscais eram ilícitas e por isso as escondeu. "A prova do dolo é que o governo escondeu a manobra, porque sabia que era ilícita", disse.
O discurso de Janaína se arrastou por quase uma hora até que ela chegasse aos pormenores da denúncia acolhida pelo Congresso Nacional para afastar a presidente Dilma Rousseff. Ela falou sobre sua trajetória profissional, sobre seu estado de saúde, sobre e-mails que recebe da população e só ao final se dedicou às pedaladas fiscais.


Segundo ela, o governo tomou empréstimos em uma operação de crédito por antecipação, algo que afrontaria a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Foi lesão ao orçamento e ao decoro. E ela é inocente?", questionou, já rouca.



Dispersão



O discurso de Janaína Paschoal foi interrompido várias vezes pela confusão no plenário, que muitas vezes riu de suas referências. Ela comentou que "não estava bêbada" no vídeo que circulou na internet, de uma fala sua no Largo São Francisco, e chorou ao exaltar a Constituição Federal. "Eu quero que as criancinhas, os brasileirinhos que estão me ouvindo, acreditem que vale a pena lutar por esse livro sagrado e que o PT não assinou".



Janaína foi questionada sobre cargos durante os governos dos tucanos Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, além de outras relações com o PSDB.



Ela extrapolou o tempo de resposta sem receber muita atenção dos demais senadores e, ao ser interrompida, pediu para continuar porque estava "defendendo a sua honra". Em resposta, senadores de diferentes siglas reagiram com um sonoro "aaah", em tom irônico de pena.



O clima na comissão é muito diferente do período de apresentação do jurista Miguel Reale Jr., coautor do processo. Sua fala foi ouvida sem interrupções e quando respondeu, brevemente, a algumas perguntas, ele também teve a fala respeitada.

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