DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

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quarta-feira, 13 de abril de 2016

CRISE Em MG, 11 não declaram voto

Deputados federais no Estado continuam indecisos ou ocultam posição na votação deste domingo


Luis Tibé (PTdoB) diz estar “alinhado com povo”
O Tempo
Às vésperas da votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, pelo menos 11 parlamentares mineiros fazem jus à fama de “come quieto” ao permanecerem sem declarar posição sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff. No país, eram 86 os deputados com posições ainda desconhecidas até nesta terça, segundo placar do “Estado de S. Paulo”.

Com isso, os eleitores dos parlamentares que se declararam indecisos ou não responderam ao serem indagados sobre o veredicto que darão no próximo domingo seguem sem saber o que pensam seus escolhidos. São eles os peemedebistas Newton Cardoso Júnior, Silas Brasileiro, Saraiva Felipe e Rodrigo Pacheco; Brunny (PR), Ademir Camilo (PTN), Diego Andrade (PSD), Tenente Lúcio (PSB), Luis Tibé (PTdoB) e Toninho Pinheiro e Luiz Fernando Faria – ambos do PP.
Entre os nomes da lista, dois não devem votar: os suplentes Silas Brasileiro e Ademir Camilo. Eles devem deixar os cargos temporariamente para que ministros ou secretários que possuem mandatos na Câmara assumam para votar a favor do governo.

Dos três peemedebistas de Minas sem posição declarada, Saraiva Felipe é próximo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Já Rodrigo Pacheco afirma que ainda está terminando de ler o relatório elaborado por Jovair Arantes (PTB-GO). Newton Cardoso Júnior prometeu uma posição, mas até o fim da tarde desta terça não havia se pronunciado.

Antes da reunião desta terça da bancada nacional do PP, os deputados da sigla Toninho Pinheiro e Luiz Fernando Faria ainda se diziam indecisos. “Tenho que avaliar e ainda não tenho posição”, disse Pinheiro. Faria passou a tarde em reunião, segundo um assessor, mas continuava sem saber até o início da noite desta terça.

Procurada durante toda a tarde, a deputada Brunny não foi encontrada para declarar seu voto. Sua assessoria não soube adiantar a posição. Ela é considerada indecisa, apesar de já ter se posicionado contra o impeachment anteriormente.

Cobrança. Durante as três enquetes realizadas por O TEMPO nos últimos quatro meses, os deputados Tenente Lúcio e Diego Andrade permaneciam indecisos ou sem responder seus posicionamentos. Em sua página no Facebook, um eleitor exigiu o posicionamento do parlamentar de Uberlândia.

“Deputado Tenente Lúcio, se posicione logo, caso queira ser reeleito. O processo de impedimento pode até passar, mas eu me lembrarei do seu voto na hora do meu, reflita”, escreveu um eleitor, que teve como resposta um pedido de “paciência”.

Do mesmo jeito, um eleitora de Andrade reprovou o silêncio do parlamentar. “Ainda indeciso, deputado? Desculpe, mas com todo o respeito, esta posição o coloca entre aqueles que estão aguardando a valorização do seu passe, ou no caso, de seu voto e mina a confiança de seus eleitores que têm o direito de saber como votará”. No perfil de Andrade, porém, não há indícios sobre como será sua votação.

Já Luis Tibé se recusou a antecipar o voto, mas deixou uma mensagem na rede social dizendo estar alinhado com as vontades do “povo”.

Em cima do muro
Indecisos 
Newton Cardoso Jr. (PMDB)
Silas Brasileiro (PMDB) Ademir Camilo (PTN)
Rodrigo Pacheco (PMDB)
Luiz Fernando Faria (PP)
Toninho Pinheiro (PP)

Não responderam 
Saraiva Felipe (PMDB)
Brunny (PR)
Diego Andrade (PSD)
Tenente Lúcio (PSB)
Luis Tibé (PTdoB)

ONU se preocupa com tensão no Brasil

Genebra, Suíça. A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo para que o processo de impeachment no Brasil não se transforme em um confronto social no país e que os princípios democráticos sejam preservados durante o processo. A entidade, que se pronunciou na manhã de nesta terça, ainda pediu para que “todos os lados” respeitem o Judiciário.

“Estamos acompanhando de perto a situação e já fizemos alguns alertas em algumas ocasiões. A tensão, porém, não parece perder força e continuamos preocupados”, afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

“Renovamos nosso apelo para todos os lados para garantir que o Poder Judiciário seja respeitado, que as instituições democráticas pelas quais o Brasil lutou tanto para ter sejam respeitadas e não sejam minadas no processo”, disse.

Na semana passada, a ONU já havia alertado que a crise política no Brasil poderia ter um impacto internacional e apelou para que os líderes nacionais atuem para resolver o impasse no país.

Para Dilma, Temer é ‘chefe conspirador’

Brasília. Em discurso nesta terça, a presidente Dilma chamou o vice-presidente Michel Temer de “golpista” e de “chefe conspirador” e ressaltou que o peemedebista tem desapego pelo Estado Democrático de Direito e pela Constituição Brasileira.

Em evento no Palácio do Planalto, a petista afirmou que o vice lançou mão da “farsa do vazamento” ao ter distribuído discurso no qual falava como se o impeachment já tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara.

Segundo ela, o vazamento foi “deliberado” e “premeditado”, além de ter demonstrado a “arrogância” e “desprezo” do peemedebista que, para Dilma, subestimou a inteligência do povo brasileiro.

“Nós vivemos tempos de golpe, de farsa e de traição. Agora, conspiram abertamente, à luz do dia, para desestabilizar uma presidente legitimamente eleita”, disse Dilma. “O gesto revela a traição contra a mim e contra a democracia e que o chefe conspirador não tem compromisso com o povo”, acrescentou.

Dilma também associou Temer ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ela, ambos agem de forma premeditada e são “chefe e vice-chefe da conspiração”.

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