DIREITOS HUMANOS PARA AS PESSOAS DE BEM, CADEIA PARA OS BANDIDOS

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

ENTRO-SUL Aglomerado da Serra já tem quase 20 detidos desde o início da tensão

Tiroteios decorrentes de guerra entre facções tiveram início na última quinta-feira (27), sendo que 13 suspeitos foram presos e apreendidos seis menores, nove armas e grande quantidade de drogas


Guerra entre gangues gerou clima de tensão na Serra
O Tempo
Nove dias após o início da tensão no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de BH, a Polícia Militar (PM) já prendeu 13 pessoas e apreendeu seis menores. A guerra entre facções, com vários tiroteios principalmente na parte da noite, começou no dia 27 de janeiro e deixou a população apreensiva. Na tarde desta quinta-feira (4) a região foi alvo de várias ações policiais que culminaram na apreensão de pelo menos seis motos e uma arma calibre 12.
A corporação não soube precisar o número de homens que participaram da ação desta tarde, mas a reportagem de O TEMPO presenciou a movimentação de dezenas de viaturas dos batalhões de Trânsito, Choque, Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Grupamento Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar), Comando de Policiamento Especializado (CPE), Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) e 1ª Companhia Independente com Cães. O helicóptero da PM também acompanhou a operação.

Durante toda a tarde uma blitz abordou veículos suspeitos na praça do Cardoso, um dos pontos de maior movimentação do aglomerado. As seis motocicletas foram apreendidas por conta de documentação irregular. Ninguém havia sido preso até o fim desta tarde.
Com rádios apreendidos, os policiais conseguem monitorar os diálogos entre traficantes, em sua maioria alertando sobre a presença da polícia. "Aqui na Binário (beco) está tudo suave" e "o Gate está subindo na praça Sete (código para a praça do Cardoso)", foram algumas das conversas ouvidas durante a ocupação da polícia.
Apesar de satisfeito com a presença dos militares no aglomerado, um morador de 43 anos reclamou da truculência com a população. "Não sabia que não podia passar a pé pela blitz. O PM me deu um tapa no peito querendo saber para onde eu estava indo. Pode ocupar, é bom para gente, mas tem que saber tratar a gente de forma digna também. Moro aqui desde que nasci e nunca peguei em uma arma, as coisas não podem ser assim", reclamou.
Balanço desde o início da operação
Desde o dia 27 de janeiro já foram apreendidas nove armas, entre calibres .40, 9 mm, .380 e 12, além de 12 carregadores e 145 munições de calibres variados. Com os 19 detidos, a PM recuperou o total de R$ 13.350 em dinheiro que seriam provenientes da venda de drogas.
Os policiais também apreenderam um total de 960 pinos de cocaína, que seriam vendidos por cerca de R$30 a R$50 cada, conforme o tamanho do compartimento da droga. Outros 72 pedras de crack e 21 buchas de maconha também foram apreendidas pela corporação desde o início da ocupação.
Escolas fechadas até dia 11
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação informou que as Umeis Capivari e Padre Tarcísio, e as Escolas Municipais Vila Fazendinha, Edson Pisani, e Senador Levindo Coelho continuam fechadas. O funcionamento só será normalizado, ainda conforme a pasta, na próxima quinta-feira (11).
Já de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, nesta quinta-feira o Centro de Saúde Cafezal está funcionando parcialmente. "Na unidade estão sendo prestados os seguintes serviços:  curativos, dispensação de medicamentos, emissão de cartão SUS, emissão de declaração de residência para moradores, agendamento de consultas especializadas, além de atividades administrativas". As consultas agendadas e demandas espontâneas por atendimento médico estão sendo prestadas na Casa Verde (Rua Lucas Julio Proença, 22 - Serra), unidade de apoio do Centro de Saúde São Miguel Arcanjo. 
Ainda conforme a secretaria, desde a última quinta-feira (28) foi criado um grupo com integrantes da gerência do Centro de Saúde, Nível Central da Secretaria, Secretaria de Administração Regional Centro–Sul, representantes dos trabalhadores – inclusive dos que moram na região -, Sindibel, Guarda Municipal e Polícia Militar, para acompanhar diariamente a situação na região do Cafezal.
"Este grupo, de forma consensual, tem tomado as decisões para garantir o atendimento à população e preservar a segurança dos usuários e trabalhadores. Está sendo avaliada não só a segurança na unidade, mas também o “ir e vir” das pessoas", finalizou a nota.

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