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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

PM acusado de matar idoso em ação desastrada culpa ladrão

Família da vítima critica ação policial; testemunhas afirmam que ladrão não atirou

R7
O soldado da Polícia Militar detido após amorte de um idoso durante uma perseguição no Barreiro deixou a prisão na última sexta-feira (11). O militar, que tem 31 anos e cinco na corporação, afirma não ter sido o autor do disparo que matou Paulo Ferreira dos Santos, de 68 anos. 
A vítima estava no bairro Átila de Paiva, perto da avenida Teresa Cristina, quando viaturas passaram em alta velocidade perseguindo um assaltante. Washington Marques dos Santos, 37 anos, havia roubado o celular de uma mulher no Tirol e fugiu em alta velocidade em um Fiat Palio.
Ele foi perseguido por duas viaturas durante 10 minutos. O soldado que acabou preso pilotava uma moto e foi quem conseguiu se aproximar do veículo. Eles trocaram tiros durante o percurso e Marques foi preso ao perder o controle da direção. 

Os advogados Renato Firmino e Eugenio Barroso defendem o policial. Firmino aponta que o soldado não teria atirado no local onde o idoso foi atingido.
— Quando começou a perseguição, o suspeito tentou jogar o carro na viatura e entrou na contramão. O PM estava de moto e conseguiu se aproximar. O indivíduo atirou e eles revidaram. Só depois da prisão surgiu a notícia do senhor e da criança baleados. Ele acredita que o assaltante tenha atingido as vítimas, pois ele não ele não atirou naquele local. 
Todos os militares envolvidos no caso tiveram as armas apreendidas. Até a conclusão da perícia, prevista para meados de março, o soldado trocará a ronda por serviços internos do 41º Batalhão. 
— Ele estava em serviço. É um profissional bem avaliado que revidou aos disparos de um suspeito que já tem quatropassagens
Um adolescente de 13 anos teve uma bala alojada na coxa, mas não corre risco de morrer. 
Familiares do idoso morto não se conformam com a ação policial. O filho da vítima, Wenderson Rosa, diz que as testemunhas afirmaram que o ladrão não atirou no pai. 
— A gente até agora não sabe de onde saiu a bala. Os moradores, pessoas que estavam sentadas na vila, falam que só a polícia atirou, que o rapaz não efetuou nenhum tiro. 
Já o capitão Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa PM, defende a ação. 
— No momento da perseguição houve a necessidade de disparos por parte do militar, que narra que ele apontou a arma. Ele dispara em vários momentos revidando a agressão no sentido de demonstrar que tinha arma e poderia utilizar contra o policial. É um indivíduo que deveria estar cerceado do convívio social.

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