Presos suspeitos de matar policial militar em Betim

Corpo do sargento Bruno Marcelos Porto foi encontrado em uma estrada de terra, no dia 11 de março

Foram aprendidas três armas de fogo, materias
usados no tráfico de drogas, munições, cinco
celulares e certa quantia em dinheiro
(foto: Divulgação/PMMG)

Estado de Minas

Dois homens e um adolescente foram detidos na manhã deste domingo, no Bairro Inconfidentes, em Contagem, depois de uma denúncia anônima. A Polícia Militar montou uma operação ao receber informações de que o trio seria responsável pelo assassinato do sargento Bruno Marcelos Porto, encontrado morto em uma estrada de terra do Bairro Sapucaias II, no dia 11 de março.

No endereço da denúncia, os militares encontraram Gustavo Henrique de Almeida, de 18 anos, Ricardo Nunes Teixeira, de 23 e A.M., de 17, além de várias armas, munições, drogas, aparelhos celulares e cerca de R$ 300 em dinheiro. O menor tentou fugir, pulando pela janela e em cima do telhado vizinho, mas uma das telhas se quebrou e o adolescente se feriu, quando foi alcançado pelos policiais. Ele assumiu a participação na morte do PM, mas disse que atuou apenas como motorista.

Um dos envolvidos tem uma tatuagem de
palhaço nas costas, com os dizeres: "Chora agora,
ri depois" (foto: Divulgação/PMMG)

Gustavo, que em um primeiro momento tentou se passar pelo menor, acabou assumindo a autoria do crime e disse que no dia do atentado, reconheceu o policial, que já havia o prendido uma vez. Por isso, mandou o PM entrar na parte de trás do veículo e seguiu até uma estrada, onde disparou diversas vezes contra o sargento, até descarregar a arma. O corpo do militar foi abandonado e a arma do crime vendida por cerca de R$ 5 mil. 

Ricardo Nunes Teixeira, que não participou da morte do PM, foi detido por tráfico de drogas. O trio foi encaminhado à 6ª delegacia seccional de Contagem.

Morte do sargento

Lotado no 40º Batalhão, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, o sargento Bruno Marcelos Porto morava em Contagem e estava de férias. Ele já perteceu ao 33º BPM, de Betim. No dia do crime, ele foi de carro a um bar para assistir ao jogo do Atlético e Colo-Colo (CHI), válido pela fase de grupos da Copa Libertadores. Segundo testemunhas, depois da partida, ele deixou o local na companhia de um homem. 

No dia seguinte, a PM recebeu uma denúncia que apontou o local onde estava o corpo da vítima. Colegas da farda do sargento foram até a estrada de terra e um militar o reconheceu. Ele era casado e deixou um filho.