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quinta-feira, 24 de março de 2016

ECONOMIA Betim fecha restaurantes populares

Para economizar R$ 4,2 milhões anuais, município vai encerrar atividade de 5 das 6 unidades


Sem opção. População de Betim perderá cinco unidades
do restaurante popular, entre elas a do bairro PTB
O Tempo
A Prefeitura de Betim, na região metropolitana da capital, anunciou o fechamento de cinco dos seis restaurantes populares da cidade. A medida, divulgada nesta quarta, é mais um efeito da crise financeira vivenciada pelo município, que já atingiu de forma severa outros serviços públicos, como a rede de saúde. O único restaurante popular que continuará aberto é o do centro de Betim.
Os restaurantes dos bairros Teresópolis, Alterosas, Citrolândia, Imbiruçu e PTB só irão funcionar até o dia 29 de abril. Após essa data, eles serão completamente desativados, prejudicando 1.500 pessoas que almoçam nos locais diariamente. A Prefeitura de Betim espera economizar R$ 4,2 milhões por ano. Os restaurantes gastavam R$ 7,6 milhões por ano, mas arrecadavam R$ 3,3 milhões.
Segundo a gestão municipal, os cortes são necessários para que outros setores da prefeitura não sejam afetados pela crise e para que a cidade não desrespeite a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O município apresenta redução de R$ 167 milhões em sua arrecadação e já compromete 50,8% de sua receita líquida com gasto com pessoal, acima do limite prudencial da LRF.

“Os cortes estão sendo feitos em todas as áreas para priorizar a manutenção de serviços essenciais, como o atendimento à saúde, que vive grave crise definanciamento, conforme já é de conhecimento público”, justificou o secretário municipal de Finanças, Planejamento e Gestão, Gustavo Palhares.
Os restaurantes populares ofereciam a refeição completa por R$ 4. Agora, a única opção para os moradores de Betim será o restaurante no centro da cidade. Segundo a prefeitura, ele é a unidade com o maior movimento. Dos 3.000 almoços servidos por dia hoje na cidade, 1.500 são na unidade na área central.
CortesA Prefeitura de Betim alega que também está fazendo cortes em outras áreas para conseguir adequar os gastos à atual realidade financeira do município. Em 8 de março, a administração da cidade decretou estado de calamidade financeira. Estão sendo feitas reduções em todas as secretarias da gestão, com o objetivo de economizar R$ 72 milhões, sendo R$ 42 milhões apenas no setor da saúde. Seis unidades de saúde corriam risco de serem fechadas.
Também foram suspensas a realização e apoio a eventos culturais, esportivos, de natureza comemorativa, além das aquisições e contratações de produtos e serviços que não sejam essenciais à administração pública. Os cargos comissionados também estão sendo reduzidos, e os contratos firmados pela prefeitura tiveram queda de 25%.
Saiba mais
PlantõesNesta quarta, o Ministério Público exigiu que os obstetras da Maternidade Pública voltem a fazer plantões, após deixarem de cumprir a escala. A Prefeitura de Betim informou que é de responsabilidade da Instituição de Cooperação Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba gerenciar as escalas de trabalho.
Prefeitura solicita mais verba da União

A Prefeitura de Betim informou nesta quarta que pediu ao Ministério da Saúde o envio de mais recursos para amenizar a crise na rede de saúde do município. Em dezembro do ano passado, o prefeito Carlaile Pedrosa (PSDB) participou de uma audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em Brasília.

Na ocasião, foram solicitados repasses para o custeio do Hospital Regional, já que o município temia que não seria possível continuar responsável por 70% do custeio da unidade. Os 30% restantes são cobertos por pagamento do SUS.

No entanto, a resposta do ministro foi que não seria possível aumentar os repasses, já que o Ministério da Saúde trabalha com déficit da ordem de R$ 3,6 bilhões no orçamento anual.

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