“Mexeu com Lula, mexeu comigo”, disse a senhora, moradora da região Centro-Sul de BH, que precisou receber proteção da Polícia Militar
Durante o protesto deste sábado (19) contra o governo Dilma Rousseff e a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, uma senhora, moradora do bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, provocou os manifestantes que passavam pela rua Tomás Gonzaga e acabou sendo hostilizada.
“Mexeu com Lula, mexeu comigo”, bradou a mulher. Ela foi cercada por alguns integrantes do protesto, que carregavam a bandeira do Brasil, e gritaram para que ela fosse embora. A Polícia Militar interviu imediatamente e a protegeu até sua residência.
Manifestantes estenderam faixa "Luladrão" |
Os manifestantes estavam na rua Tomás Gonzaga porque foram protestar em frente ao prédio onde mora o recém-empossado ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB). O deputado pode ser expulso do partido porque aceitou um cargo no governo de Dilma Rousseff.
Lopes tomou posse na última quinta-feira (17), seis dias depois que a convenção nacional do seu partido determinou que membros da sigla não poderiam assumir cargos no governo federal. Ao todo, 11 processos contra o deputado serão analisados pela comissão de ética do PMDB.
Na defesa do ministro, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani, pediu serenidade. Já o presidente da Casa, Eduardo Cunha, classificou a nomeação como um afronta que acirrou ainda mais as relações do partido com o governo.
O protesto
Cerca de 100 pessoas, convocadas pelo Movimento Vem Pra Rua, iniciaram a manifestação na praça Sete nesta tarde. Eles levaram um bandeirão verde e amarelo e duas grandes faixas com os dizeres “PT Corrupto” e “O Brasil é nosso”.
Um carro de som acompanhou o grupo, que ocupou uma das faixas da avenida Afonso Pena no sentido bairro Mangabeiras. Eles seguiram até a avenida Brasil e pararam em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF), onde cantaram o Hino Nacional. Na sequência, subiram para a praça da Liberdade.
Esse foi o quarto ato contrário a presidente na capital mineira na mesma semana. Os outros protestos aconteceram no domingo (13) – o maior deles, quando 30 mil pessoas caminharam na praça da Liberdade, segundo a Polícia Militar –, na quarta-feira (16) e na quinta (17). Na sexta (18), foi a vez daqueles que apoiam o Partido dos Trabalhadores (PT) saírem às ruas.
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